quarta-feira, 4 de março de 2015

Amor Vazio



Sabes, às vezes dói-me a boca, ou a pele, tanto faz, 
e as madrugadas tornam-se frias. 
E mesmo quando as tuas mãos vêm ao meu encontro, 
a memória do caos e da dor insiste em permanecer, cruel, solitária, 
a lembrar-me o medo e o desespero das horas vazias. 
E choro. 
E se finalmente adormeço no calor dos teus braços, 
fica-me a sensação de te ter amado tão pouco.

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