Não estou me sentindo bem, alguma coisa me deixou triste, e eu perdi a vontade de sorrir. Não sei o que realmente tem acontecido comigo, ultimamente. Há um bom tempo eu tenho visto uma essência em mim, e me sentia orgulhosa por tudo que fazia! Porém, hoje ao me deparar comigo mesma, me senti fraca e sem proteção. E parece que todo aquele orgulho de menina forte, diferente e única foi embora juntamente com as minhas lágrimas. O que realmente me faz acreditar que vou sobreviver é saber que tudo passa e que basta apenas ter uma boa noite de descanso, e pensar no que me entristeceu ou em qual momento eu errei. Afinal, se estou me sentindo fraca, a culpa é inevitávelmente minha, apenas minha. Eu sei, que amanha eu vou estar bem, eu vou olhar para mim com outros olhos, vou ver no espelho a unica pessoa capaz de me fazer, realmente feliz. Vou conseguir enxergar o unico motivo que faz valer a pena viver, apesar de todos os meus defeitos e de todas as minhas crises de existência. Afinal, tudo depende de mim não é, dear heart?

Abstención de Amor

Háblame,

has un eco en mi afonía,

rumores que enmudecen por temor,

lee entre líneas mis poemas

y regálame tus besos mudos

has que viva hoy,

enciende mis sentidos secos de amor,

revive mis dedos huérfanos

y ampáralos,

habítame para desvestirme de soledad

y alinearme la indumentaria del placer,

lávame de soledades  entre tu ropa,

y cálzame con el instrumento de la sexualidad,

ponme las alas  de la existencia

aspiro desertar de  mi desierto

y disfrutarte plenamente hoy.

para que sientas mi eco emocionado

y diluirme entre tu cuerpo

motivo perverso de mi imaginación,

róbame por siempre esta abstención de amor....

teu olhar..

teu olhar a olhar
um olhar (que não o meu)
teu olhar a admirar
um andar
uma silhueta ..

teu olhar a olhar
os olhos meus
um olhar tão distante
olhar dissonante ..

o desejo e o olhar
a desejar
um corpo (que não o meu)
faz meu olhar desviar
relutar
aceitar
que não é mais meu ...

Amor Vazio

Sabes, às vezes dói-me a boca, ou a pele, tanto faz, 

e as madrugadas tornam-se frias. 

E mesmo quando as tuas mãos vêm ao meu encontro, 

a memória do caos e da dor insiste em permanecer, cruel, solitária, 

a lembrar-me o medo e o desespero das horas vazias. 

E choro. 

E se finalmente adormeço no calor dos teus braços, 

fica-me a sensação de te ter amado tão pouco.

....

No dia em que deixaste de me amar soube-o logo porque os teus olhos passaram instantaneamente de hialino a caligem, 

e o teu sorriso tornou-se um tronco seco, 

e a noite caiu como um pesado véu de veludo preto sobre a minha vida.

E as doninhas, meu amor, nunca mais voltaram a visitar o nosso quintal.